Sério que acreditam nisso?

Obra dos todo-poderosos algoritmos, não tenho na minha bolha nenhum descrente da pandemia. Todas as pessoas com quem convivo e me relaciono pelas redes sociais acreditam e dão importância à calamidade que estamos enfrentando.

Eis que começo a seguir o perfil de um jornal aqui da cidade e começo a ver os comentários nas notícias sobre a pandemia. Custo a acreditar no que leio. Difícil mesmo.

Já vinha horrorizado com os perfis de checagem de notícias, que desmentem constantemente as coisas mais escalafobéticas e me questiono o tempo todo: “quem acredita nisso?”

Nos comentários registrados no perfil noticioso, eles se materializaram. Começo a responder aos comentários, a comentar também e me deparo com uma mentalidade impermeável à realidade. Não consigo imaginar se simplesmente se alienaram do mundo que os cerca, se não dão crédito às notícias que chegam do mundo todo, às quais temos acesso fácil e imeditaoo pela tal da Internet, se acreditam em uma grande conspiração mundial destinada a criar o clima terror na população.

Jamais estaria nesse grupo. Leio toneladas de notícias todos os dias, poucas animadoras. Perdi pelo menos uma amiga para a doença, além de alguns colegas de trabalho não próximos; familiares meus passaram pelo aperto de ter a doença recentemente. Conheço pessoas que se curaram e não voltaram ao normal, vão carregar seqüelas. Tenho muitos amigos a parentes médicos, que estão passando algo que nunca viram antes, e sempre me contam como é.

Quem tem esse tipo de gente, que embarcou nesse sentimento desinformado, em seu círculo de relacionamentos precisa agir. É preciso que conversemos com essas pessoas, que os instemos a ouvir médicos e profissionais de saúde que têm na família e entre os amigos. Os que se negam a creditar são um risco para todos nós.

 

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